
"O poema ao ser feito, deve mudar alguma coisa nem que seja apenas o próprio poeta.
Se, ao poeta, depois de fazer o poema
resta o mesmo que antes,
O poema não terá sentido".
Ferreira Gullar
O que penso sobre a frase acima é que quando paramos para escrever um poema, quando vamos escrever um texto sobre determinado assunto e até em situações avaliativas em que devemos expor nosso pensamento de forma elaborada sobre o que foi requerido, nesse momento é que aprofundamos no tema. Nesse momento é que o aprendizado de algo novo se mistura com o que você já guarda em sua memória e você cria uma interpretação, um ponto de vista, uma posição.
Quando lemos artificialmente, bem ao estilo "en passant" de leituras dinâmicas, não formamos ideias e sabemos; não mudamos nada sem ideias.
O ato de escrever me faz pensar que quando o fazemos, direcionamos a alguém, um leitor. Assim fazemos "pensando bem". Se o leitor será um avaliador, um apreciador de contos ou você mesmo, não importa.
Se escreve quando se quer passar uma mensagem, defender a forma como você pensa, levantar dúvidas, apontar caminhos, afirmar conceitos e colocá-los à prova. Se escreve para se declarar, para expor o que se sente, para colocar um ponto final.
Então, acredito que sem sentir não se escreve, por que isso não se faz sem ter/ser "sentido".
Uma aula é um texto que se escreve e cada aula, ao ser desenvolvida modifica não apenas os alunos como os próprios professores...É o aprendizado no ato de ensinar.
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