segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Plano de Aula

PLANO DE AULA: Grupo 3
Professores: Elayne Christine, Henrique Ken Sawaguchi, Júlio César da Silvia, Igor Salles, Larissa Carvalho e Paola T. Colósimo.

Professora tutora: Rita Stano.

Instituição: Universidade Federal de Itajubá – Campus Itajubá.

Disciplina: Didática.

Tema: Unidade 2 – Ensinar e Aprender.

Assunto: Procedimentos Didáticos.

Carga-horária/ Duração: 15 minutos.

Objetivos: Trabalhar com os alunos a compreensão de alguns procedimentos didáticos e apresentando-os as vantagens e desvantagens de cada procedimento.  

Conteúdo Simplificado:

- Procedimentos didáticos.
- Atividades de Campo.
- Narrativas.
- Ensino por Problemas.

Conteúdo Detalhado:

É provado que uma aula dinâmica produz resultados mais significativos (positivos) do que uma aula formal. Porém, o professor precisa dispor de conhecimentos específicos e de práticas e habilidades pedagógicas, que podem ser obtidas e aperfeiçoadas mediante leituras e cursos específicos, para poder aperfeiçoar e dinamizar sua aula.
As práticas pedagógicas que provém de uma relação entre o professor e aluno são denominadas de procedimentos didáticos. Acredita-se que esses novos procedimentos possam atuar como facilitadores do processo de aprendizagem, pois auxiliam o aluno a compreender os conceitos abordados na sala de aula.
Diante deste cenário, é necessário compreender a importância dos processos didáticos, sejam os tradicionais ou os inovadores, e suas contribuições para a melhoria do ensino.
Com o objetivo de se demonstrar a aplicação da teoria na prática e provar que as estratégias de ação educativa vão além do confronto das teorias pedagógicas, foram escolhidos três procedimentos didáticos: as atividades de campo, as narrativas e o ensino por problemas.

Educação não-formal - Atividades de campo

A educação não-formal é aquela em que se aprende via processos de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações coletivas cotidianas carregadas de valores e culturas próprias; o grande educador é o “outro”, aquele com quem interagimos ou nos integramos; os espaços educativos localizam-se em territórios que acompanham as trajetórias de vida dos grupos e indivíduos, ou seja, fora das escolas, em locais informais, locais onde há processos interativos intencionais, guiado à luz das diretrizes de dados grupos. Além disso, a educação não-formal socializa os indivíduos, desenvolve hábitos, atitudes, comportamentos, modos de pensar e de se expressar no uso da linguagem, segundo valores e crenças da comunidade. Sua finalidade é abrir janelas de conhecimento sobre o mundo que circunda os indivíduos e suas relações sociais. Seus objetivos não são dados a priori, eles se constroem no processo interativo, gerando um processo educativo.
São diversas as alternativas ambientais da educação não-formal. Para o ensino das Ciências faz-se uso comumente das atividades de campo, que por definição são aquelas atividades que envolvem o deslocamento dos alunos para um ambiente alheio aos espaços de estudo contidos na escola, substituindo a sala de aula por outro ambiente, natural ou não, onde existam condições para estudar as relações entre os seres vivos ali presentes, incluindo a interação do homem nesse espaço explorando aspectos naturais, sociais, históricos, culturais, entre outros. Pode ocorrer em um jardim, uma praça, um museu, uma indústria, uma área de preservação, um bairro, incluindo desde saídas rápidas ao entorno da escola até viagens que ocupam vários dias.
Este procedimento didático é uma importante estratégia para o ensino de Ciências, pois permite explorar uma grande diversidade de conteúdos, motivam os estudantes, possibilitam o contato direto com o ambiente e a melhor compreensão dos fenômenos.
Para tanto, é imprescindível que as atividades de campo sejam bem preparadas e adequadamente exploradas. Além disto, é importante que os professores trabalhem juntos e explorem as atividades de campo de forma interdisciplinar e multidisciplinar, permitindo superar entraves e torná-las estratégias mais frequentes e melhor utilizadas na prática escolar.
Um exemplo do uso deste procedimento didático é a visita ao acervo biológico, paleontológico e geológico do Museu Nacional do Rio de Janeiro,  ou a visita ao Jardim Botânico, que oferece ricas experiências em meio a mata atlântica nativa e a advinda de reflorestamento, com a observação detalhada da vegetação, das aves e animais.
As atividades de campo tem aprovação dos alunos que atestam que os conteúdos são melhores assimilados, e que o convívio social, tanto com seus colegas quanto com seus professores, torna-os mais estimulados. Os professores também concordam que a educação não-formal é positiva para o processo de aprendizagem e a multidisciplinaridade pode ser facilmente trabalhada.
Apesar disto, ainda se tem uma possível desvantagem ao utilizar esta prática, uma vez que os alunos podem não reconhecer a atividade de campo como local/período de aprendizagem, ter comportamentos marginais que indicariam a dissolução das fronteiras e objetivos estabelecidos no espaço sala de aula.  

Narrativas

As narrativas são tradicionalmente discutidas no âmbito dos estudos literários, onde são distinguidos os seus tipos mais comuns e os elementos que os compõem (o enredo, os personagens, o tempo, o espaço e o narrador). Porém, os interesses pelo seu estudo se estendem por diversas áreas.
As potencialidades deste procedimento estão na capacidade de organização do pensamento e na interpretação. A organização do pensamento ocorre através da linearidade de ideias, da argumentação, da linguagem, e com princípios de paradigmas. A interpretação da narrativa permite a exploração do imaginário sem perder o conceito básico do método científico e as fórmulas do desenvolvimento da interpretação por meios como matemática, física, química, entre outros.
O docente perante tais atividades com narrativas, deve desempenhar um papel de narrador que demonstra dúvida, os pequenos detalhes que farão a diferença na aventura do cientista e também deve instigar os leitores, no caso os alunos, a entender e questionar certas atitudes, desenvolvendo assim um pensamento científico quanto ao problema exposto na narrativa.
O uso deste procedimento didático ocorre, por exemplo, no ensino de física, sob o qual, algumas versões da história de Arquimedes e a coroa do Rei Hierão são utilizadas com o intuito de contextualizar e desempenhar uma construção de imagens sobre a ciência e como ela é feita. Além disto, mostra que o método científico pode ser demonstrado de uma forma diferenciada e fora do processo comum.
Apesar de suas vantagens serem construtivas para o ensino e para a aprendizagem do aluno, a narrativa é uma prática pedagógica que não surte resultado por si só, deve ser acompanhada de outras metodologias para que ocorra uma aprendizagem significativa.

Ensino por problemas

O ensino por problemas, conceituado como método de ensino que utiliza questões e indagações para o processo de ensino-aprendizagem, é difuso no ensino brasileiro em diversos níveis educacionais. Dentre as práticas que se baseiam no ensino por problemas, cita-se 3 principais: A aprendizagem baseada em problemas, do inglês Problem Based Learning (PBL), a Metodologia da problematização (MP) e o Ensino desenvolvimental (ED). Apesar de apresentarem características similares, como a intencionalidade de proporcionar uma atividade e aprendizagem ativa do aluno através de problemas, estes procedimentos didáticos apresentam aspectos específicos que os diferenciam entre si.
A PBL tem como objetivo proporcionar ao aluno métodos que o auxiliem a criar hábitos de estudos, a aprimorar o pensamento pelo método reflexivo, melhorar o desempenho escolar e promover uma autonomia de aprendizagem individual e colaborativa. Porém, se concentra em resolver problemas que sejam relevantes ao exercício profissional do aluno e pode proporcionar falha ao se limitar em uma aprendizagem que se desenvolva somente em volta das necessidades requeridas pela situação problema, o principal papel do professor neste procedimento didático é criar problemas e coordenar sua solução.
A MP, inicialmente ligada ao método do arco de Maguerez, mas depois complementada por outros estudos, se associa a outras teorias como a contextualização, a aprendizagem por descoberta de inspiração piagetiana e interacionista vygotskyana, aprendizagem significativa de David Ausubel, dentre outras. Seu principal objetivo é levar o estudante a tomar consciência de seu mundo e agir intencionalmente para transformá-lo com vistas a uma sociedade melhor, a partir da assimilação e compreensão de conteúdos explorados nos problemas expostos.
Porém, devido a sua concepção eclética pode cair em falhas ao se prender a aprendizagem do aluno somente em questões reais, ou que expressam a realidade, e se tornar enfadonho se o professor não tiver criatividade para explorar o arco de Maguerez, tornando-o neste caso enfadonho e problemático à aprendizagem do aluno.
O ED, totalmente fundamentado na teoria histórico-cultural de Lev. S Vygotsky, objetiva a formação/desenvolvimento de conceitos através da compreensão do contexto histórico/teórico/científico de determinada investigação, que parte de um todo para sua gênese, o que permite observar o objeto de estudo sob vários pontos de vista. O problema, no ensino desenvolvimental, é algo a ser investigado para que se descubra, mais do que a sua solução (uma das diferenças deste método para a PBL e a MP), também sua gênese, a origem do processo, ou do conceito, foco inovador deste procedimento didático.
Um dos principais exemplos do uso do ensino por problemas, principalmente nas vertentes de PBL e MP ocorre nas graduações de áreas biológicas, em especial nas profissões como Medicina, Enfermagem, dentre outras.

REFERÊNCIAS:

FREITAS, R.A.M. de. M. ENSINO POR PROBLEMAS: uma abordagem para o desenvolvimento do aluno. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo: (N.I), v.38, n.2. 403 – 418 p. 2012.

RIBEIRO, R.M.L. ; MARTINS, I. O POTENCIAL DAS NARRATIVAS COMO RECURSO PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS: uma análise em livros didáticos de física. Revista Ciência & Educação, (N.I.):(N.I.), v.13, n.3. 293-309 p. 2007

TONIAZZO, N.A. DIDÁTICA: A Teoria e a prática na educação. 2009. p. 62 - 74. Disponível em:<www.famper.com.br/download/pdf/neoremi_06.pdf>

GOHN, M. da G. EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL NA PEDAGOGIA SOCIAL. I CONGRESSO INTERNACIONAL DE PEDAGOGIA SOCIAL, 1., 2006. Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo. Disponível em: http://goo.gl/1mWuGS


VIVEIRO, A.A.; DINIZ, R.E. da. S. ATIVIDADES DE CAMPO NO ENSINO DAS CIÊNCIAS E NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL: refletindo sobre as potencialidades

domingo, 13 de setembro de 2015

Atividades de campo no ensino das ciências e na educação ambiental: refletindo sobre as potencialidades desta estratégia na prática escolar

       A diversificação de atividades e de recursos didáticos contribui para motivar os estudantes, possibilitando atender a distintas necessidades e interesses dos alunos. Um pluralismo em nível de estratégias pode garantir maiores oportunidades para a construção do conhecimento edentre as diferentes modalidades que o educador dispõe para o ensino das Ciências podem-se mencionar as aulas expositivas, as discussões, as demonstrações, as aulas práticas (aulas de laboratório) e as atividades de campo.
        Quando se pensa num ensino de qualidade, sobretudo em Ciências, é indispensável um planejamento que articule trabalhos de campo com as atividades desenvolvidas em classe. As atividades de campo permitem a exploração de conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, e quando nos referimos a ela estamos relacionando a ideia de uma estratégia de ensino onde se substitui a sala de aula por outro ambiente, natural ou não, onde existam condições para estudar as relações entre os seres vivos ali presentes, incluindo a interação do homem nesse espaço, explorando aspectos naturais, sociais, históricos, culturais, entre outros. Pode ocorrer em um jardim, uma praça, um museu, uma indústria, uma área de preservação, um bairro, incluindo desde saídas rápidas ao entorno da escola até viagens que ocupam vários dias.
            Elas permitem o contato direto com o ambiente, possibilitando que o estudante se envolva e interaja em situações reais. Assim, além de estimular a curiosidade e aguçar os sentidos, possibilita confrontar teoria e prática. Além disso, uma atividade de campo permite que o aluno se sinta protagonista de seu ensino, sinta que é um elemento ativo e não um mero receptor de conhecimento.
          Para além de conteúdos específicos, uma atividade de campo permite também estreitar as relações de estima entre o professor e alunos, favorecendo um companheirismo resultante da experiência em comum e da convivência agradável entre os sujeitos envolvidos que perdura na volta ao ambiente escolar.
            Ela também favorece a motivação intrínseca, que é aquela que se refere à escolha de uma determinada atividade por sua própria causa, por essa ser interessante, atraente ou, de alguma forma, geradora de alguma satisfação, e a motivação extrínseca, que objetiva atender às metas e aos objetivos propostos pelo professor mediante a atividade de campo. As duas favorece a aprendizagem significativa dos diferentes conteúdos explorados.         
           As atividades de campo podem ser utilizadas também como importante estratégia em programas de Educação Ambiental, uma vez que o contato com o ambiente permite a sensibilização acerca dos problemas ambientais. Além disso, surgem oportunidades de reflexão sobre valores, imprescindíveis às mudanças comportamentais e, sobretudo, atitudinais. É importante salientar que o ensino interdisciplinar no campo ambiental deve focar o estudo das relações entre processos naturais e sociais, dependendo da capacidade das ciências para articular-se, oferecendo uma visão integradora da realidade.

sábado, 12 de setembro de 2015

Resumo: Procedimentos didáticos

O procedimento didático constitui-se em uma prática pedagógica que provém de uma relação entre professor e aluno. Acredita-se que a inserção de novos procedimentos didáticos possam ser recursos facilitadores da aprendizagem, ajudando o aluno a assimilar o que o professor tenta ensina-lo. A Didática é reconhecida como Ciência, sendo base para pesquisas e utilizada como técnica de ensino. Nos anos 30 o movimento da Escola Nova defendia a necessidade de partir dos interesses das crianças e destacou-se como fase do aprender fazendo. Já nessa época entendia que eram necessários métodos mais flexíveis, adaptados ao desenvolvimento e à individualidade das crianças com a inversão dos papéis do professor e do aluno, ou seja, educação como resultado das experiências e atividades dos alunos sob o acompanhamento do professor; se tornando um ensino ativo.
É provado que uma aula dinâmica com certeza produz mais gerando resultados positivos do que uma aula formal porém o professor precisa dispor de conhecimentos e habilidades pedagógicas, que podem ser obtidas e aperfeiçoadas mediante leituras e cursos específicos.

Para tanto se faz necessário compreender a importância dos processos didáticos, sejam os tradicionais ou os inovadores, e suas contribuições para a melhoria do ensino. Entre as várias abordagens didáticas conhecidas escolhemos três para exemplificar o procedimento didático na prática. Com o objetivo em demonstrar a aplicação da teoria na prática, provando que as estratégias de ação educativa vão além do confronto das teorias pedagógicas.

Referencia:

TONIAZZO, N.A. DIDÁTICA: A Teoria e a prática na educação. 2009. p. 62 74.Disponível em:        <www.famper.com.br/download/pdf/neoremi_06.pdf> Acesso em 12 setembro 2015. 

Simulações da ONU

Em nossa última aula foi proposto uma leitura e aprofundamento de um texto relativo ao Ensino, aprendizagem e tecnologia, aonde, eu Henrique, desenvolvi uma proposta de dinâmica em sala de aula baseada em sessões de debates da ONU (Organização da Nações Unidas, mas o que é esta tal da ONU? A ONU é uma organização mundial aonde os países participantes debatem assuntos relativos à atualidade, em principais focos, a segurança internacional representado pelo Comitê de Segurança, o comércio mundial representado pela Organização Mundial do Comércio, e dentre elas a mais interessante para o curso das licenciaturas a UNESCO (do inglês Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) debatem temas sobre a educação em diversos propostas de temas), porém ao invés de países por trás de seus representantes tivemos uma divisão dos alunos em grupos que representariam os pais, os professores, os coordenadores, os alunos, sendo propostos para estes que debatessem temáticas do texto. Houve certa dificuldade no início para que o debate culminasse em um resultado, tendo um objetivo não especificado, algo que demonstrou uma falta de instrução da minha parte para com os alunos dos grupos. Porém, em seu primeiro tópico “uso da tecnologia em sala de aula, quais os prováveis benefícios e malefícios deste método” culminou em uma discussão muito interessante cujo resultado, esperado tornou-se realidade, sendo este uma proposta de atividade piloto para desenvolvimento em sala de aula com uso de atividades. Esta proposta acabou sendo aceita pela coordenação e pelos pais, que dentro desta simulação desempenharam um papel mais conservador, enquanto que os alunos e professores desempenharam papéis mais liberais. A atividade despertou o interesse de vários alunos para este tipo de método, similar aos jogos de RPG (Roleplay game, em tradução livre, jogo de interpretação de papeis).

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Afinal o que é indisciplina?





      É necessário e importante determinarmos o conceito de indisciplina para melhor compreendê-la e buscar alternativas para enfrentá-la. Mas isso não é uma tarefa fácil, pois é difícil estabelecer um conceito de indisciplina escolar, já que está não se caracteriza como um fenômeno estático, que conserva suas características com o passar dos anos. Ao contrário, o que se nota é que as particularidades da indisciplina escolar vêm se modificando ao longo dos tempos. Hoje ela está bem diferente daquela que ocorria há alguns anos atrás.

       Para alguns professores a indisciplina é entendida como um conjunto de determinadas contrariedades no cotidiano de suas práticas pedagógicas, resultantes de rompimentos efetuados por alunos, tanto em relação aos acordos formais da escola (particularmente na sala de aula), quanto no que diz respeito às expectativas sobre a conduta na escola. Por exemplo, desordens, ofensas verbais, atitudes de grosseria, enfim, aquilo que se caracteriza de forma geral, como “falta de respeito”.

       De modo geral podemos dizer que disciplina escolar é a obediência a ensinamentos, regras e normas de conduta dentro da escola. Logo se pode dizer que o que vai contra a essa obediência, podemos classificar como indisciplina.

        É clara a preocupação que esse assunto desperta em vários âmbitos educacionais. A necessidade de compreender o horizonte atual, para procurar caminhos e saídas frente aos problemas vivenciados, aumenta continuamente. Para isso, é importante analisar conceitos e refletir sobre o momento em que os problemas de indisciplina se intensificaram até chegarmos ao que se observa atualmente.