domingo, 22 de novembro de 2015

O Poema - Ferreira Gullar




"O poema ao ser feito, deve mudar alguma coisa   nem que seja apenas o próprio poeta.
Se, ao poeta, depois de fazer o poema
resta o mesmo que antes,
O poema não terá sentido".
Ferreira Gullar





O que penso sobre a frase acima é que quando paramos para escrever um poema, quando vamos escrever um texto sobre determinado assunto e até em situações avaliativas em que devemos expor nosso pensamento de forma elaborada sobre o que foi requerido, nesse momento é que aprofundamos no tema. Nesse momento é que o aprendizado de algo novo se mistura com o que você já guarda em sua memória e você cria uma interpretação, um ponto de vista, uma posição.
Quando lemos artificialmente, bem ao estilo "en passant" de leituras dinâmicas, não formamos ideias e sabemos; não mudamos nada sem ideias.
O ato de escrever me faz pensar que quando o fazemos, direcionamos a alguém, um leitor. Assim fazemos "pensando bem". Se o leitor será um avaliador, um apreciador de contos ou você mesmo, não importa.
Se escreve quando se quer passar uma mensagem, defender a forma como você pensa, levantar dúvidas, apontar caminhos, afirmar conceitos e colocá-los à prova. Se escreve para se declarar, para expor o que se sente, para colocar um ponto final.
Então, acredito que sem sentir não se escreve, por que isso não se faz sem ter/ser "sentido".

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Política e Educação


RESUMO - POLÍTICA E EDUCAÇÃO

FREIRE, Paulo. Política e Educação: Ensaios. São Paulo, 5ª ed, Cortez – 2001.

No livro Política e Educação, reuniu-se 11 textos de Paulo Freire, onde, ele expõe a importância da educação ser contextualizada nas mais diversas situações; nas cidades, no convívio social, na realidade dos educandos, enfim, no cotidiano. Destaca a curiosidade da natureza humana que deve ser preservada e estimulada nas práticas pedagógicas, para um movimento constante de busca, respostas, ações e reflexões que, quando não feita, desumaniza o ser e torna a prática imoral.

                                                        Roda de Conversa - Angicos - RN

Assim, como processo de conhecimento, formação política, manifestação ética, procura da boniteza, capacitação científica e técnica, a educação é prática indispensável aos seres humanos e deles específica na História como movimento, como luta. Em lugar da decretação de uma nova História sem classes sociais, sem ideologia, sem luta, sem utopia e sem sonho, o que a cotidianidade mundial nega contundentemente, o que temos que fazer é repor o ser humano que atua, que pensa, que fala, que sonha, que ama, que odeia, que cria e recria, que sabe e que ignora, que se afirma e que se nega, que constrói e destrói, que é tanto o que herda como o que adquire, no centro de nossas preocupações.

Não devemos nos enxergar como um ser detentor de apenas um adjetivo. Não podemos nos entender somente como classe, como raça ou como sexo, mas não podemos nos esquecer delas nas análises que fazemos, do que pensamos, do que dizemos, e assim também devemos ser com as nossas crenças, cultura, formação, opção política e nossa esperança.

Paulo Freire invoca a educação progressista para que seja capaz de nos fazer refletir criticamente sobre o nosso condicionamento e ir mais além dele. Ao enxergar o aluno como um cidadão que como tal tem direitos e deveres, um professor democrático, não autoritário, respeita as experiências e a vivência do aluno fora da escola e as aproveita, perfazendo uma “leitura de mundo” culminando na transformação para melhor do mesmo e eis que assim, tornamos a educação e a política práticas inseparáveis. Para Paulo Freire, cidadão significa “indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado", e Cidadania "tem que ver com a condição de cidadão, quer dizer, com o uso dos direitos e o direito de ter deveres de cidadão".

Entendendo que a alfabetização tem relação com a identidade individual e de classe e com a formação da cidadania, o seu método de alfabetização é baseado na vivência que o aluno traz para a escola, onde se inicia com palavras ligadas à realidade do aluno, palavras grávidas de mundo. Ele faz com que o educando se reconheça em seu próprio meio e assim, possa ser capaz de mudar a sua realidade. Mas isso não ocorre pura e simplesmente após o aluno adquirir a capacidade de leitura e escrita. Deste modo, segundo o autor, a tarefa de educar não consiste em apenas transmitir conhecimentos, mas em um movimento de superar o saber de senso comum, determinista e fatalista da História. A educação deve inserir o aluno na História quando o faz entende-la e vive-la, com isso ela abre portas, possibilidades e permite sonhos.


É possível vida sem sonho, mas não existência humana e história sem sonho. Assim, Paulo Freire nos leva a sonhar com ele e querer lutar por uma transformação social, em que se respeitem as diferenças e cuja concretização demanda coerência, valor, tenacidade, senso de justiça, força para brigar, de todas e de todos os que a ele se entreguem, é o sonho por um mundo menos feio, em que as desigualdades diminuam, em que as discriminações de raça, de sexo, de classe sejam sinais de vergonha e não de afirmação orgulhosa ou de lamentação puramente cavilosa. No fundo, é um sonho sem cuja realização a democracia de que tanto falamos, sobretudo hoje, é uma farsa.

No texto “Educação e Participação comunitária” Paulo Freire descreve sua atividade como Secretário da Educação da cidade de São Paulo durante o governo de Luiza Erundina. Durante esse período, ele lançou um olhar sobre o autoritarismo no ensino pelos mais diversos ângulos. Quando a um professor é determinado um guia com um “pacote de conteúdos” que deve ensinar em suas aulas sem o direito de aconselhar ou contestar, não é um bom começo. Essa forma autoritária de apostar nesses pacotes e não na formação científica, pedagógica, política do educador, revela como o autoritário teme a liberdade, a inquietação, a incerteza, a dúvida, o sonho e anseia o imobilismo.

                                                             Luiza Erundina e Paulo Freire

Dessa forma, segue Paulo Freire criticando a questão da participação em geral e comunitária na decisão em certos níveis de poder, enquanto direito de cidadania. Em sua gestão na secretaria de Educação realizou uma reforma administrativa para que a secretária trabalhasse de forma diferente pois seria impossível fazer uma administração democrática, em favor da autonomia da escola que continuasse viabilizando o poder autoritário e hierarquizado. A democracia nos demanda estruturas democratizantes e não estruturas inibidoras da presença participativa da sociedade civil no comando da res-pública (coisa do povo). As resistências enfrentadas no caminho foram muitas, pois a ideologia autoritária, colonial e elitista deixou míopes professores, diretores e coordenadores pedagógicos que se negavam a perceber as contribuições que surgiriam com a participação dos pais e da população para o crescimento da escola e a importância disso para o nosso processo democrático.

A educação autoritária, domesticadora se diferencia da educação libertadora quando da visão do lugar de ocupação do educando. Todas as duas podem ser eficazes, coerentes, responsáveis ou não, essas características estão no sujeito da prática, não na natureza da mesma prática. O que a prática libertadora exige de seus sujeitos tem uma eticidade que falta à responsabilidade da prática educativa autoritária. Essa prática vem das entranhas mesmas do fenômeno humano, da natureza humana, constituindo-se na História, como vocação para o ser mais. Trabalhar contra essa vocação é trair a razão de ser de nossa presença no mundo, que terminamos em alongar em presença com o mundo. A exploração e a dominação dos seres humanos, como indivíduos e como classes, negados no seu direito de estar sendo, é imoralidade das mais gritantes.

Como tentar explicar a miséria, a dor, a fome, a ignorância, a enfermidade crônica, dizendo, com o cinismo de um meritocrático bem sucedido, que o mundo é assim mesmo; que uns trabalham mais, com competência, por isso tem mais e que é preciso ser paciente pois um dia as coisas mudam.

Há uma imoralidade radical na dominação, na negação do ser humano, na violência sobre ele, que contagia qualquer prática restritiva de sua plenitude e a torna imoral também.

A educação para a libertação, responsável em face da radicalidade do ser humano, tem como imperativo ético e político, a desocultação da verdade.

Um dos equívocos dos que se exageraram no reconhecimento do papel da educação como reprodutora da ideologia dominante foi não ter percebido, envolvidos que ficaram pela explicação mecanicista da história, a importância da subjetividade. Foi não ter reconhecido que, seres condicionados, “programados para aprender” não somos, porém, determinados.

Então se a reprodução da ideologia dominante, implica, fundamentalmente na ocultação de verdades, a distorção da razão de ser dos fatos que, explicados, revelados ou desvelados trabalhariam contra os interesses dominantes, a tarefa dos educadores progressistas é nadar contra a correnteza e desocultar verdades, jamais mentir. A desocultação não é de fato tarefa para os educadores a serviço do sistema. Sim, é muito mais difícil, mas não é impossível.

Paulo Freire diz crer que a melhor afirmação para definir o alcance da prática educativa em face dos limites a que se submente é a seguinte: não podendo tudo, a prática educativa pode alguma coisa.


Ninguém nasce feito. Vamos nos fazendo aos poucos, na prática social de que tornamos parte.

domingo, 1 de novembro de 2015

Atividades

Gaiolas e Asas - Escolas de Vidro

Nas duas histórias colocamos em questão as práticas pedagógicas e o padrão de ensino brasileiro.
Não tenho como ler esses textos e não pensar no importante livro Vigiar e Punir de Michel Foucault.
Quando falamos em gaiolas e vidros estamos utilizando metáforas para o aprisionamento.

Aprisionamento este que visualizo nas gaiolas, no sentido físico das estruturas da escola, da contenção dos alunos em ambientes fechados, sentados por horas, quase que com uma pitada de tortura como forma de dominação do aluno.

Além disso, temos os vidros, ou potes, que me parecem remeter a manutenção da disciplina e ao método de ensino, ao querer homogeneizar uma sala de aula com 30/40 alunos para que eles se encaixem nos padrões da escola e do professor, ignorando os conhecimentos que trazem de seus mais variados mundos através de suas vivências, valorizando a quietude e a não autenticidade dos mesmos, tornando-os passivos. Talvez, mais do que o conteúdo, essa seja a função de anos maçantes de escolas primitivas, que é de pré-formatar indíviduos para a domesticação das exigências do mercado.

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Quais os impactos na questão de gênero e inclusão social na prática docente?

Inclusão: Desafios e Possibilidades no cotidiano docente

A palestrante fez um paralelo com o conto "A tecelã" em sua apresentação, o que foi muito proveitoso para nos fazer perceber que o aprender também pode ser conseguido quando "des-tecemos" ou seja, desfazemos idéias pré concebidas que insistem em perdurar em nossa sociedade. Ao desejar tantas coisas que são sonhos de outros, ideais do que é bom, receitas prontas para a felicidade, a tecelã foi infeliz. Graças ao seu poder mágico ela pôde desfazer tudo e recomeçar.
A prática docente tem esse poder, mas que não sendo mágico, requer persistência para quebrar paradigmas e enfrentar preconceitos.



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Na aula do dia 19/10 foram levantados conceitos importantes encontrados no livro “Pedagogia da Autonomia” de Paulo Freire e enquanto uma aluna anotava no quadro, refletíamos sobre eles.
Os listo:
1 - Identificação e respeito a realidade sócio-cultural do aluno, garantindo uma formação contextualizada.
2 - O ensino é um processo de construção de conhecimento. A construção de conhecimento é um processo de mediação entre sujeitos.
3 - Prática docente é uma ação política, crítica e reflexiva.
4 - Educar deve-se ancorar na inconclusão humana e por isso, aprender torna-se possibilidade plena.
5 - O processo de ensino e aprendizagem é uma via de mão dupla: Quando se ensina, aprende/ Quando se aprende, ensina.
6 - O ensinar exige competências, conhecimentos e habilidades relacionadas à pesquisa.
Após esse momento, os alunos foram divididos em duplas para relatar uma situação prática vivenciada em sala de aula. Foram diversos os exemplos, muito bem relacionados com o livro. Formei minha dupla com o Igor, e ele relatou uma experiência dele no PIBID onde a professora, assim como descrito no item 1 da lista acima, identificou uma realidade sócio-cultural do aluno e a utilizou como forma de contextualizar o conteúdo teórico. Infelizmente não pude contribuir com exemplo pessoal pois não tenho nenhuma atividade de estágio ainda.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Quais os impactos na questão de gênero e inclusão social na prática docente?



Falando de impactos, já é possível trabalhar esta questão trazendo à tona Paulo Freire, de modo a comentar a Pedagogia da Autonomia aonde Paulo Freire diz que um processo de ensino é um ato político. Já a segunda parte relacionasse com questão de gênero e inclusão social, ambas questões políticas e por último a prática docente, que implica no quesito de se ensinar, como ensinar.

Agora respondendo à questão como um todo, vemos que Paulo Freire traz questões políticas dentro do ensino, pois, este trabalha com desenvoltura de cidadãos, desenvolvimento do pensamento crítico, trabalhos que modelam um novo ser. A prática docente deve ser totalmente inclusiva e este é um dos impactos, a forma como o docente trabalha estas questões de gênero e inclusão social são trabalhos políticos inerentes à sua prática, portanto, com uma pluralidade de indivíduos da sociedade vêm o trabalho do docente ser plural, encorajador e nunca exclusivo.

A professora Dr. Elisa comentou muito sobre a questão de que os alunos aprendem com um modelo, dentre os principais no início da vida, as crianças têm como modelo, seus pais, amigos e principalmente seus professores. Desta forma é muito necessário se trabalhar questões inclusivas dentro de sala de aula, não necessariamente verbalmente, mas um trabalho em conjunto com os alunos, tornando-os suscetíveis às quebras de paradigmas e nunca à dogmatização da mente.

domingo, 25 de outubro de 2015

RESUMO AULA 19/10/15

Neste dia foram elencados os principais princípios abordados no livro "Pedagogia da autonomia" escrito por Paulo Freire. Diante de uma discussão coletiva foi possível enumerar os mais pertinentes.
Nos foi pedido que fosse feita a análise destes princípios e que fosse relacionados com nossa prática pedagógica em sala de aula como estagiários ou como docentes.
Decidi abordar o princípio: A construção do conhecimento é um processo de mediação entre sujeitos.
Baseado neste conceito relatei uma experiência como Pibidiana, onde foi realizado um experimento de química em uma turma do 3º ano do ensino médio e após a realização do experimento foi possível ter uma roda de discussão entre os educandos, onde nos renderam questionamentos muito pertinentes ao tema abordado e que o aluno conseguiu identificar através da realização do experimento a partir do seu conhecimento prévio a respeito do assunto. O conteúdo produzido nesta aula foi muito rico, pois pode-se perceber que este método de aula, produz melhores resultados e é possível identificar o que o aluno sabe e qual seu real potencial de raciocínio durante uma situação contextualizada.
Compartilhei este relato com todos colegas da classe e ouvi relato dos demais.
Foi uma momento muito positivo onde podemos ouvir várias experiências que se contextualizam nos princípios propostos por Freire.

Elayne Christine dos Santos Alcantara - QLI


Resumo aula 19/10/2015



A aula se iniciou com debates dos tópicos acerca do livro “Pedagogia da Autonomia” de Paulo Freire, foram diversos os tópicos e como foram descritos. Dentre todos podemos citar como principais a identificação e o respeito à realidade sociocultural do aluno, a prática docente é uma ação política, crítica e reflexiva, o ensinar exige: competências, conhecimentos e práticas relacionadas à pesquisa e o processo de ensino e aprendizagem é uma via de mão dupla.
Após este desenvolvimento de tópicos foi pedido aos alunos, que em duplas, comentassem um tópico norteador de algum acontecimento em sua vida, desde o ciclo básico ao superior. Os relatos foram diversos, porém foram muito mais trabalhados estes tópicos citados anteriormente. Houveram relatos positivos e negativos, embora os positivos demonstrassem muito mais comoção por parte de todos.
Em meu relato trabalhamos o penúltimo tópico, o ensinar exige: competências, conhecimentos e práticas relacionadas à pesquisa, aonde foi comentado que no ensino superior trabalhamos uma matéria com um professor, que por sua experiência com pesquisa numa área matemática e física, conseguia abordar de uma forma mais aprofundada um conceito matemático devido a sua grande imersão neste. Assim foi possível que este professor ensinasse muito bem tal conceito.

sábado, 24 de outubro de 2015

Quais os impactos das questões dos gêneros e inclusão social na prática escolar?

           Questões de gênero são muito frequentes nas escolas e refletem o que a sociedade privilegia como típico das meninas, dos meninos, dos homens e de mulheres. Se as famílias ainda relutam ao mudar suas posições quando se trata dessas questões, a escola não pode esperar, pois a sociedade já não faz mais essas diferenças serem vistas como meios de categorizar valores e especializar funções de modo tão pronunciado como antigamente. Homens e mulheres estão compondo os quadros das empresas e concorrendo com suas especialidades para que o sucesso empresarial se concretize. A situação da mulher no trabalho e em outras áreas de atividades que eram predominantemente masculinas tem evoluído a cada dia, demolindo os argumentos sexistas de incompatibilidade de funções, inferioridade de rendimento, todos eles com raízes na formação das gerações, nas escolas, nas famílias, na comunidade.
Em relação aos deficientes é vergonhoso reconhecer que precisamos da força da lei para enfrentar os preconceitos que eles sofre. Essa situação lamentável se perpetuará se não tomarmos medidas urgentes para eliminar as barreiras existentes nas escolas e nas famílias. Ambas se sentem muito protegidas pelas instituições dedicadas às deficiências e, com isso, alimentam o preconceito, a segregação, os estereótipos das pessoas ideais e bem sucedidas e acabam reforçando atitudes que deformam as gerações, a opinião pública, em vez de combatê-las. O ensino inclusivo constitui um forte apelo para que o preconceito seja banido dos sentimentos e das ações das pessoas, pois ensinamos a criança a não tratar à parte os colegas com deficiência, aceitando-os como eles são e a nós mesmos, nas nossas limitações e possibilidades.
Não conseguiremos abrir as escolas à diversidade e à qualidade de ensino se não estivermos abertos a repensar os nossos valores, costumes, adequando-os aos reclamos de uma sociedade mais justa e igualitária. A vigilância que precisamos manter para não cairmos nas armadilhas de nossa formação é a que queremos evitar nas futuras gerações, preparando-as para uma convivência mais humana e realista, que certamente lhes proporcionará uma existência menos complicada e mais bem sucedida entre seus pares, em todas as idades e áreas de atuação.

Resumo da aula 19/10/2015

Nesta aula abordamos os principais princípios do livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire. Uma aluna escreveu no quadro os princípios com a participação dos outros alunos e da professora. Então a sala foi dividida em duplas e cada dupla deveria comentar algum acontecimento vivido no estágio, na universidade ou em outro lugar que representasse algum destes princípios.

Eu comentei um acontecimento vivido no estágio que representava o princípio: O ensino é um processo de construção do conhecimento. Mas segundo a professora, ele também se encaixa no princípio: A construção do conhecimento é um processo de mediação entre sujeito.

 O acontecimento que comentei foi uma aula de matemática do meu estágio de observação no ensino médio. Para introduzir o conceito de função exponencial, o professor entregou para os alunos um folheto qualquer e disse que eles iam dobrar o folheto e relacionar as dobras com o número de retângulos que se obtinha. Depois perguntou para os alunos se a sequência de números de retângulos que se formou dava para colocar em forma de alguma potência de mesma base. Os alunos pensaram um pouco e depois responderam que dava para colocar na forma de potência de base 2. Então o professor junto com os alunos construiu o gráfico, onde o eixo X representava o número de dobras e o eixo Y representava o número de retângulos. Depois do gráfico pronto, ele disse para os alunos que o que eles acabaram de fazer era um função exponencial de base 2.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Aula Expositiva

A aula expositiva é bastante versátil pois pode ser uma ferramenta utilizada para introduzir ou fechar um assunto, no meio dele relacionando informações novas com as já existentes, logo após um experimento científico para compreensão do mesmo, para retomar conceitos não entendidos fazendo uma revisão da matéria, entre outros. O importante é que ela não pode ser o único recurso usado em classe e deve sempre fazer parte de uma sequência de atividades programadas pelo professor. 
Apesar de ser um procedimento que não é bem visto por muitos, já que remete a uma forma única e tradicional de ensinar da nossa história recente, pode ser a melhor estratégia para ensinar determinados conteúdos e garantir a aprendizagem da turma. Para que isso ocorra, é necessária uma dedicação maior ao planejamento dessa aula fazendo atenção para que ela não fique monótona, pois a monotonia inibe a participação efetiva, interação e aprendizagem dos estudantes, e faz com que os objetivos de uma atividade sejam totalmente desvirtuados. 
Sabe-se que a aula expositiva é a forma mais comum entre as estratégias de ensino, pois nem sempre a adoção de técnicas mais elaboradas é possível, por uma série de fatores e ao mesmo tempo ela pode ser utilizada em qualquer lugar: na sala, no laboratório, no campo, nas dependências desportivas e onde, enfim, ela for possível ou necessária. 
A aula expositiva, quando da sua utilização, apresenta diversas vantagens tais como: é relativamente fácil de preparar e transmite informações em um espaço curto de tempo, oferece uma idéia geral do conteúdo ao aluno, facilita aos estudantes disciplinas que seriam de difícil compreensão apenas com a leitura, capaz de atingir um público grande, boa alternativa tanto quando existem muitas como quando existem poucas referências sobre o assunto, o aluno pode ser estimulado pelo professor, especialista no assunto e etc. 
Quanto às desvantagens, a principal é a falta de interação com os alunos por deixa-los passivos, apenas como ouvintes, fazendo assim com que não haja troca de ensinamentos e questionamentos com o professor que não será capaz de perceber habilidades e individualidades dos seus alunos. Dessa forma, considera-se a passividade gerada nos alunos como a maior desvantagem dessa ferramenta. 
Um forma interessante de quebrar a passividade dos alunos perante a aula expositiva e evitar a monotonia, é a transformação da simples exposição do conteúdo em um momento para dialogar com seus alunos através de questionamentos durante a aula, se deslocando pela sala, gerando assim certo movimento na aula e nos olhares dos alunos, e também elaborando um aquecimento antes de introduzir o conteúdo levando-os a participar e assim dinamizar a aula.