sábado, 24 de outubro de 2015

Quais os impactos das questões dos gêneros e inclusão social na prática escolar?

           Questões de gênero são muito frequentes nas escolas e refletem o que a sociedade privilegia como típico das meninas, dos meninos, dos homens e de mulheres. Se as famílias ainda relutam ao mudar suas posições quando se trata dessas questões, a escola não pode esperar, pois a sociedade já não faz mais essas diferenças serem vistas como meios de categorizar valores e especializar funções de modo tão pronunciado como antigamente. Homens e mulheres estão compondo os quadros das empresas e concorrendo com suas especialidades para que o sucesso empresarial se concretize. A situação da mulher no trabalho e em outras áreas de atividades que eram predominantemente masculinas tem evoluído a cada dia, demolindo os argumentos sexistas de incompatibilidade de funções, inferioridade de rendimento, todos eles com raízes na formação das gerações, nas escolas, nas famílias, na comunidade.
Em relação aos deficientes é vergonhoso reconhecer que precisamos da força da lei para enfrentar os preconceitos que eles sofre. Essa situação lamentável se perpetuará se não tomarmos medidas urgentes para eliminar as barreiras existentes nas escolas e nas famílias. Ambas se sentem muito protegidas pelas instituições dedicadas às deficiências e, com isso, alimentam o preconceito, a segregação, os estereótipos das pessoas ideais e bem sucedidas e acabam reforçando atitudes que deformam as gerações, a opinião pública, em vez de combatê-las. O ensino inclusivo constitui um forte apelo para que o preconceito seja banido dos sentimentos e das ações das pessoas, pois ensinamos a criança a não tratar à parte os colegas com deficiência, aceitando-os como eles são e a nós mesmos, nas nossas limitações e possibilidades.
Não conseguiremos abrir as escolas à diversidade e à qualidade de ensino se não estivermos abertos a repensar os nossos valores, costumes, adequando-os aos reclamos de uma sociedade mais justa e igualitária. A vigilância que precisamos manter para não cairmos nas armadilhas de nossa formação é a que queremos evitar nas futuras gerações, preparando-as para uma convivência mais humana e realista, que certamente lhes proporcionará uma existência menos complicada e mais bem sucedida entre seus pares, em todas as idades e áreas de atuação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário