Em relação aos deficientes é vergonhoso reconhecer que precisamos da força da lei para enfrentar
os preconceitos que eles sofre. Essa situação
lamentável se perpetuará se não tomarmos medidas urgentes para eliminar as barreiras existentes nas escolas e nas famílias. Ambas se sentem muito
protegidas pelas instituições dedicadas às deficiências e, com isso, alimentam
o preconceito, a segregação, os estereótipos das pessoas ideais e bem sucedidas
e acabam reforçando atitudes que deformam as gerações, a opinião pública, em
vez de combatê-las. O ensino inclusivo constitui um forte apelo para que o
preconceito seja banido dos sentimentos e das ações das pessoas, pois ensinamos
a criança a não tratar à parte os colegas com deficiência, aceitando-os como
eles são e a nós mesmos, nas nossas limitações e possibilidades.
Não conseguiremos abrir as escolas à diversidade e à qualidade de ensino
se não estivermos abertos a repensar os nossos valores, costumes, adequando-os
aos reclamos de uma sociedade mais justa e igualitária. A vigilância que
precisamos manter para não cairmos nas armadilhas de nossa formação é a que
queremos evitar nas futuras gerações, preparando-as para uma convivência mais
humana e realista, que certamente lhes proporcionará uma existência menos
complicada e mais bem sucedida entre seus pares, em todas as idades e áreas de
atuação.
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