Durante muito tempo, a aula expositiva foi o único
procedimento empregado em sala de aula. Mas nos últimos anos ela perdeu espaço
na escola e até passou a ser malvista por muitos educadores, já que se tornou a
representação mais clara de um ensino diretivo e tradicional, que tem por base
a transmissão do conhecimento do mestre para o aluno. No entanto, se for bem
planejada e realizada, as aulas expositivas podem ser o melhor meio de ensinar
determinados conteúdos e garantir a aprendizagem da turma.
Temos vários tipos de aulas expositivas como a Clássica,
Dialogada, Colóquio, Seminário, Demonstração e Magistral. Dentre elas, temos
que a Dialogada, onde o professor tenta quebrar a postura passiva dos seus
alunos por meio da introdução de questionamentos a serem respondidos, dinamizando
a atividade em sala de aula, é a mais utilizada atualmente no ensino superior.
Levar em consideração os conhecimentos prévios dos alunos, relacionar
os conteúdos ao cotidiano delas, problematizá-los e sistematizá-los, tornar a
aprendizagem significativa são algumas das premissas que devem estar presentes
em todas as atividades planejadas, e com a aula expositiva não é diferente.
Quando esses aspectos são levados em conta, ocorre um distanciamento do modelo
tradicional e uma aproximação da aula expositiva dialogada.
A aula expositiva pode ser usada em diversos momentos. Ela pode
abrir um assunto, ser usada no meio de uma sequência ou no fim dela. Como por
exemplo, apresentar informações, relacionar dados sobre um tema, expor um
repertório novo, sistematizar conteúdos já trabalhados, retomar conceitos não
compreendidos, entre outros.
Ela apresenta diversas vantagens como preparação fácil
possibilitando a transmissão de várias informações em curto espaço de tempo; facilita
aos estudantes disciplinas que seriam de difícil compreensão apenas com a
leitura; oferece para o aluno uma ideia de conteúdo; o docente apresenta visão
geral e imparcial do conteúdo, principalmente quando o tema é polêmico; é
necessária tanto quando existem muitas como quando existem poucas referências
sobre o assunto; parece necessária para os estudantes despreparados intelectualmente,
que aprendem melhor ouvindo do que lendo e o aluno pode ser estimulado pelo
professor, especialista no assunto. Mas para o sucesso desta aula é necessário que o educador domine
o conteúdo, planeje bem, esquematize as ideias a serem apresentadas, escolhas
os suportes adequados, antecipe as dúvidas da turma, avalie o que foi
aprendido, aprenda com a prática e melhore sua capacidade comunicativa. E para
se verificar o resultado da aula, inúmeras estratégias são válidas, como pedir
a síntese individual dos aspectos mais importantes discutidos em sala e a
comparação desses registros com os dos colegas. Esse material, aliás, pode ser
uma valiosa ferramenta de avaliação não só dos alunos, mas também do próprio
trabalho docente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário