Não é a atividade em si que
indica se o professor segue uma ideia tradicional de ensino, mas a forma como
ele atua em todos os momentos, sendo assim não podemos dizer que a aula expositiva
seja apenas a representação de um ensino diretivo e tradicional já que muitos
que ainda trabalham com a perspectiva de transmissão do conhecimento não
necessariamente usam só a aula expositiva.
Essencial para apresentar um
tema, sintetizar informações já trabalhadas ou fechar um conceito, a aula
expositiva é o momento em que você tem a palavra e se for bem planejada e
realizada, essa estratégia de ensino pode ser o melhor meio de ensinar
determinados conteúdos e garantir a aprendizagem da turma.
Levar em consideração os
conhecimentos prévios das crianças. Relacionar os conteúdos ao cotidiano delas,
problematizá-los e sistematizá-los. Tornar a aprendizagem significativa. Essas
são algumas das premissas que devem estar presentes em todas as atividades
planejadas, e com a aula expositiva não é diferente. Quando esses aspectos são
levados em conta, ocorre um distanciamento do modelo tradicional e uma
aproximação da aula expositiva dialogada. "A troca com os estudantes nem
sempre é explícita”.
Uma alternativa é a aula
expositiva dialogada, que estimula o diálogo entre o professor e os alunos, A
exposição oral, por parte do professor, é essencial no processo
ensino-aprendizagem, pois é o instrumento que permite estimular a participação
dos alunos, dirimir suas dúvidas, questionar, dialogar, diagnosticar, conhecer
a realidade dos alunos.
O diálogo é a base dessa
estratégia e, por isso, a aula se transforma em uma troca de experiência,
partindo do conhecimento prévio do aluno, da sua prática social, elevando a
discussão para níveis de reflexão e compreensão que leve o aluno a perceber as
relações entre o seu saber inicial e o saber científico apresentado pelo
professor, em contraposição ao senso comum. Durante este processo o aluno deve
ser estimulado a perguntar, apresentar suas experiências sobre o tema, expor
sua compreensão a partir das análises e sínteses realizadas com a ajuda do
professor.
O desafio para o professor é
manter o aluno motivado e curioso para participar ativamente da aula, se
envolvendo nas discussões, acompanhando e raciocinando junto com o conjunto de
atores, ou seja, alunos e professores. Para tanto, o professor pode usar
recursos como mapas conceituais, esquemas apresentados em Power-point ou no
quadro, à medida que apresenta e analisa o conteúdo, mas deve, especialmente,
apresentar os objetivos que se busca com a aula, mostrando o valor, a atualidade
e aplicabilidade do conteúdo.
Na área de ciências nem sempre
basta o aluno pesquisar, fazer experimentos e questionar. Ele precisa das
informações passadas pelo professor. E os professores podem até propor
atividades práticas no laboratório de Ciências, por exemplo, e mesmo assim
cobrar apenas a memorização dos alunos. Por outro lado, há os que passam uma
significativa parte de seu tempo apresentando uma série de informações em
frente à classe e estão, sim, interessados na aprendizagem de cada um dos
estudantes. Assim em ciências o professor pode usar a aula expositiva a vontade,
além da partes experimentais, mais desde que ele saiba como conduzi-las sem
deixa-las tediosas ou sem significado algum além de transmissão de
conhecimentos.
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