Como os professores podem romper com um modelo tradicional e
fazerem- se sujeitos históricos, compromissados com uma práxis política
emancipatória?
A prática pedagógica tradicional consiste em alunos como
indivíduos passivos (objetos a serem modelados pelas engrenagens do sistema
educacional vigente) que recebem conhecimento de uma autoridade que
teoricamente sabe o que é necessário saber.
Não existe muito espaço para o exercício crítico e a
reflexão sobre o significado e importância social (e, portanto, política) do
conhecimento supostamente adquirido.
Romper com isso significa essencialmente desenvolver um método
pedagógico que transforme o aluno de um receptor passivo em um construtor ativo
não só do conhecimento propriamente dito, mas também de novos significados e
relações sociais e políticas para o conhecimento construído e para o papel do cidadão
no processo que o liga de um lado ao conhecimento e do outro a sua condição de
sujeito na sociedade.
O educador em questão deve estar preparado para abrir mão de
preconceitos teóricos e pedagógicos, de uma posição autoritária e de uma função
de maestria no processo de produção do conhecimento, se constituindo então como
peça e interlocutor, cujo o principal papel é o de estimular e promover o desenvolvimento,
a curiosidade e o senso crítico dos seus alunos.
Para isso, lhe será necessário amplo uso de sua capacidade
criativa, manter-se constantemente atualizado, buscar conhecer novas tecnologias,
entre outras atividades, pois desta perspectiva não se pode contar com um
protocolo rígido para o processo pedagógico.
Uma tal posição oferece ao aluno um ambiente propício para,
no próprio ato do jogo de interação social e política no contexto da sala de
aula e fora dela, perceber os efeitos de sua ação, e com elas aprender.
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