segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Pergunta

Como os professores podem romper com um modelo tradicional e fazerem- se sujeitos históricos, compromissados com uma práxis política emancipatória?

A prática pedagógica tradicional consiste em alunos como indivíduos passivos (objetos a serem modelados pelas engrenagens do sistema educacional vigente) que recebem conhecimento de uma autoridade que teoricamente sabe o que é necessário saber.
Não existe muito espaço para o exercício crítico e a reflexão sobre o significado e importância social (e, portanto, política) do conhecimento supostamente adquirido.
Romper com isso significa essencialmente desenvolver um método pedagógico que transforme o aluno de um receptor passivo em um construtor ativo não só do conhecimento propriamente dito, mas também de novos significados e relações sociais e políticas para o conhecimento construído e para o papel do cidadão no processo que o liga de um lado ao conhecimento e do outro a sua condição de sujeito na sociedade.
O educador em questão deve estar preparado para abrir mão de preconceitos teóricos e pedagógicos, de uma posição autoritária e de uma função de maestria no processo de produção do conhecimento, se constituindo então como peça e interlocutor, cujo o principal papel é o de estimular e promover o desenvolvimento, a curiosidade e o senso crítico dos seus alunos.
Para isso, lhe será necessário amplo uso de sua capacidade criativa, manter-se constantemente atualizado, buscar conhecer novas tecnologias, entre outras atividades, pois desta perspectiva não se pode contar com um protocolo rígido para o processo pedagógico.

Uma tal posição oferece ao aluno um ambiente propício para, no próprio ato do jogo de interação social e política no contexto da sala de aula e fora dela, perceber os efeitos de sua ação, e com elas aprender.

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